A decisão foi tomada pelo governo ultraconservador que ganha força no país, e que agora se posiciona como defensor dos valores “tradicionais” contra o suposto liberalismo dos países ocidentais. Esta política, que visa as pessoas da comunidade LGBT+, se intensificou desde o início da ofensiva do exército russo na Ucrânia, em fevereiro de 2022. O juiz da principal jurisdição do país, Oleg Nefedov, ordenou classificar como “extremistas o movimento internacional LGBT e suas filiais”.
Além de proibir suas atividades no território da Federação russa, jornalistas da AFP disseram também que Nefedov indicou que a decisão entra em vigor “imediatamente”. Até agora, as pessoas LGBTQIA enfrentavam altas multas se realizassem o que as autoridades chamam de “propaganda”, mas não corriam o risco de serem presas. Desde 2013, uma lei proíbe a “propaganda” de “relações sexuais não tradicionais” direcionada a menores. O texto foi denunciado por ONGs, que o consideram um instrumento de repressão homofóbica.